- Área: 290 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Chin Hyosook, Suh Jaewon, Hong Sangdon
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Fabricantes: ENSUM, Hongik ceramics, Weber Korea
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este é um edifício de cinco andares com um telhado de duas águas. A forma do terreno é quase retangular e oferece vistas distantes nos pavimentos superiores. No piso térreo há áreas de estacionamento e uma pequena loja com pilotis. Os pavimentos superiores consistem em pequenos escritórios no segundo andar, quatro apartamentos lineares do tipo estúdio no terceiro e quarto andares. Esses apartamentos são para alugar e estão totalmente abertos para o sul, onde há uma pequena varanda, e para o norte, onde há uma vista aberta para a rua. O último pavimento pertence ao proprietário do terreno e abriga a casa de sua família, com um sótão e um pequeno terraço.
A casa da família tem uma sala de estar linear no oeste, dois dormitórios pequenos no leste conectados por um corredor com a forma do telhado. No final deste corredor, luz natural entra pela claraboia e liga dois ambientes espacialmente, corredor e sótão, ao mesmo tempo que oferece luz suficiente para eles. O sótão é revestido com materiais em seu estado natural e típicos para uma sala de jogos de crianças. Através de uma janela de madeira coreana tradicional no sótão, as crianças podem conversar com os pais na área de jantar. O terraço oferece uma sensação similar a de um ambiente fechado devido à sua parede com uma abertura arredondada a sul.
A estrutura do edifício apresenta o sistema espacial A(servido)-B(servidor)-A(servido) que convida a uma visão aberta num espaço linear. Diferente do "monólito branco" com arranjos irregulares de janelas, frequentes nos recentes projetos de pequenas habitações na Coreia, a Villa Mangwon obviamente expressa o empilhamento dos andares a partir de um arranjo regular e repetitivo das aberturas.
Esta estratégia reflete nossa atitude fundamental, de questionar o significado arquitetônico na construção, mantendo-nos distante do sentimentalismo excessivo na metodologia de projeto e buscando harmonia dentro da desarmonia. A fachada frontal implica que o peso social aumenta de baixo para cima, enquanto parece que todo o peso físico e social se apóia sobre a única coluna delgada no piso térreo. Metaforicamente, assemelha-se um pouco à estrutura instável do mercado imobiliário coreano.